Minhas considerações – Dia Mundial sem Dieta

Elisabeth C. Wajnryt Compulsão Alimentar

Foi muito interessante. Pontos de vista diferentes, de uma endocrinologista, de uma nutricionista, de uma psicanalista que trabalha com uma abordagem de não dieta para os Transtornos da Alimentação e de uma psicanalista especialista em questões do corpo na contemporaneidade. As apresentações foram objetivas e coloquiais e as perguntas da platéia que renderam um bom papo. O encontro se configurou mais num painel muito atual sobre o assunto. Não chegou a ser realmente um debate, já que os palestrantes, de diferentes campos do saber, concordaram no principal:
– As dietas não funcionam. A longo prazo, elas tendem a engordar as pessoas.
-As alternativas para o equilíbrio do peso são: o foco na saúde e não na aparência e a busca de um caminho individual e interior para cada um que queira mudar sua história e sua relação com a comida.
-Este caminho é longo e não é mágico!
-Pessoas que estão com um leve sobrepeso tendem a viver mais e melhor do que pessoas com peso baixo.
-Atualmente, a indicação dos obstetras é que as gestantes engordem de 10 a 12 kilos na gravidez, e não mais 8 a 10 kg como era prescrito. Crianças cujas mães fazem dietas restritivas na gravidez para manter o peso baixo tendem a nascer ávidas, com maior propensão à compulsão, obesidade e diabetes em seu desenvolvimento.

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