Foi muito interessante. Pontos de vista diferentes, de uma endocrinologista, de uma nutricionista, de uma psicanalista que trabalha com uma abordagem de não dieta para os Transtornos da Alimentação e de uma psicanalista especialista em questões do corpo na contemporaneidade. As apresentações foram objetivas e coloquiais e as perguntas da platéia que renderam um bom papo. O encontro se configurou mais num painel muito atual sobre o assunto. Não chegou a ser realmente um debate, já que os palestrantes, de diferentes campos do saber, concordaram no principal:
– As dietas não funcionam. A longo prazo, elas tendem a engordar as pessoas.
-As alternativas para o equilíbrio do peso são: o foco na saúde e não na aparência e a busca de um caminho individual e interior para cada um que queira mudar sua história e sua relação com a comida.
-Este caminho é longo e não é mágico!
-Pessoas que estão com um leve sobrepeso tendem a viver mais e melhor do que pessoas com peso baixo.
-Atualmente, a indicação dos obstetras é que as gestantes engordem de 10 a 12 kilos na gravidez, e não mais 8 a 10 kg como era prescrito. Crianças cujas mães fazem dietas restritivas na gravidez para manter o peso baixo tendem a nascer ávidas, com maior propensão à compulsão, obesidade e diabetes em seu desenvolvimento.